domingo, 16 de janeiro de 2011

PEGA RABUDA
(Pica pica)
Estado de conservação
Pouco preocupante

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Corvidae
Género: Pica
Espécie: P. pica
Nome binomial
Pica pica
Linnaeus, 1758

Características
Comprimento: 44 a 48 cm
Envergadura:
Peso: 200 a 250 g
Longevidade: 15 anos
Fotografada a 23-12-2010 em Tramagal. Jorge Pereira

Distribuição:
A pega-rabuda é comum em toda a Europa, Ásia, Norte de África e América do Norte. Distribui-se pelo Hemisfério Norte, entre os 70º N na Europa e 15º N na Arábia Saudita. Na América do Norte está confinada à parte ocidental. Na Península Ibérica, encontramos a subespécie Pica pica melanotos que em Portugal é comum no norte e centro do país, estando no Alentejo mais confinada ao interior.
Habitat:
São aves generalistas, podendo ser encontradas numa grande variedade de habitats. Vivem principalmente em zonas agrícolas de características diversas, como terrenos de cultura com arbustos e árvores ou pequenas matas nos campos, mas ocorrem mesmo em zonas suburbanas com parques ou jardins.
Reprodução:
O período de nidificação vai de Abril a Junho, a fêmea incuba normalmente 5-6 ovos durante 17 ou 18 dias. As crias são depois alimentadas pelo macho e pela fêmea, duas a três vezes por hora. As primeiras penas aparecem ao oitavo dia de vida e com 14 dias já têm cauda. Permanecem no ninho de 22 a 27 dias.
Na época de reprodução esta espécie tem comportamento territorial, tornando-se as aves bastante misteriosas e silenciosas. As pegas do norte da Europa defendem territórios maiores, enquanto que no sul da Europa os ninhos podem estar agregados e defendem somente uma pequena área em redor do ninho. O casal de pegas-rabudas vive em acasalamento permanente, mantendo-se na sua zona de nidificação se o Inverno não for muito rigoroso. Os ninhos que os casais de pegas-rabudas fazem ou renovam, nas árvores (em segunda opção constroem o ninho também em arbustos e no chão), todos os anos durante cerca de 40 dias, são muito distintos e resistentes.
Alimentação:
Da Primavera até ao Outono, alimentam-se principalmente de insectos, que nunca chegam a faltar completamente mesmo no Inverno. Também exploram carcaças de animais mortos, caçam pequenos vertebrados, especialmente ratos-do-campo e atacam ninhos até ao tamanho das posturas dos faisões. Comem também grãos de cereais e outros alimentos vegetais. Alimentam-se essencialmente no chão ou saltitando entre ramos e arbustos. O hábito de armazenar comida excedente ter-lhe-á permitido adaptar-se e expandir-se em habitats aparentemente inóspitos. Apesar de se alimentar nos vários habitats que ocupa, parece preferir as zonas de pastoreio e zonas próximas de superfícies de água onde os invertebrados do solo são mais abundantes. No Inverno vasculha nas lixeiras quaisquer coisas que possam ser aproveitadas.
A sua reputação de ladra é pouco justificada, uma vez que ocorrências autênticas de cleptomania são extremamente raras, tendo sido no entanto reportados alguns casos de ninhos com objectos brilhantes, não necessariamente de prata, mas que nada têm a ver com alimento.

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