terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Pica-pau-malhado-grande
Dendrocopos major
Exemplar fotografado em 11-01-2011 em Tramagal.

O voo ondulante deste pica-pau, o seu chamamento áspero ou o seu tamborilar são geralmente o primeiro sinal da sua presença. Esta ave pousa geralmente nos troncos das árvores, mas também aprecia velhos postes telefónicos, à beira da estrada.
Identificação:
Devido aos seus hábitos florestais, e às características destes habitats, esta espécie pode ser de difícil observação, e passível de ser confundida com o seu congénere pica-pau-galego. Diferencia-se sobretudo pelas maiores dimensões, e no caso dos machos, pela presença de uma mancha vermelha na nuca, bem contrastante com o padrão preto e branco do resto do corpo, e pela tonalidade avermelhada do abdómen. Os jovens possuem um capucho vermelho que os pode fazer confundir com a congénere mais pequena, mas, quando em voo, as “janelas” brancas nas asas são bastante visíveis e permitem uma identificação segura. É bastante comum escutar o tamborilar acelerado desta espécie, sendo audível a grande distância, como se tratasse de um matraquear violento e rápido.
Abundância e calendário:
O pica-pau-malhado-grande é residente em Portugal e na maioria dos locais onde ocorre está presente ao longo de todo o ano. Ainda assim, parece haver alguma dispersão nos meses de Verão, havendo então observações em locais junto à costa onde habitualmente não ocorre. É uma espécie comum ao longo dos habitats florestais do nosso território, especialmente em carvalhais, pinhais, sobreirais e azinhais. É raro ou está ausente em planícies desarborizadas e em zonas montanhosas, acima dos 1000 metros.

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